A Ação: Palavras que Brincam
O projeto Ponto de Cultura PALAVRAS QUE BRINCAM é uma ação desenvolvida pelo EMCANTAR visando a formação cultural em música e literatura na escola, com foco na vivência e criação artísticas. As atividades têm como público-alvo alunos e educadores das escolas públicas estaduais Padre Mário Forestan e Presidente Juscelino Kubistchek, em Uberlândia-MG. A partir de suas vivências nas oficinas, as crianças produzirão textos que serão publicados em livro e no blog do projeto, numa experiência capaz de reunir o desenvolvimento da criatividade, a democratização cultural e a inclusão social, sempre com a perspectiva de encantamento com o mundo que caracteriza o modo de ser do EMCANTAR.

PALAVRAS QUE BRINCAM é uma ação desenvolvida por meio do Programa Cultura Viva/Pontos de Cultura, em convênio com a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e Ministério da Cultura.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Os pequenos contadores de história da jk

A partir das oficinas com educadores a professora Cleonice regente na escola Jk em Uberlândia (MG) levou para a sala de aula textos literários, onde os alunos escolheram quais seriam trabalhados, tendo como destaque "O Coelhinho que não queria estudar."
(O Coelhinho que não queria estudar)
Depois de trabalhar o texto em sala de aula, os alunos que são do 2°ano, viraram contadores de história, onde narraram (O Coelhinho que não queria estudar), para os demais alunos da escola, no horário de recreação.

Para a atividade acontecer nossos contadores tiveram direito a caracterização, cenário, e até mesmo convite para todos os envolvidos com a escola.

Vamos conhecer o texto, e os pequenos contadores?

 O coelhinho que não queria estudar


Na floresta, todos os filhotes de animais iam à escola. Só um ficava em casa, o coelhinho Juquinha.

- Aprender a ler? Para que? Eu não preciso disso, posso muito bem encontrar cenouras sem saber ler. Eu vou é me divertir.

Todos os animaizinhos tinham ido à escola, Juquinha resolveu distrair-se e pensou:

- Vou à casa do tio Coelho ouvir histórias.

Juquinha chegou à casa do tio Coelho, bateu... Chamou... Chamou, ninguém respondeu. Tio Coelho tinha deixado um aviso na porta, mas Juquinha não sabia ler e pensou:

- Com certeza tio Coelho foi fazer alguma visita. Vou embora.

Aborrecido por não ter encontrado o tio em casa, e cansado de tanto andar, Juquinha com surpresa avista o tio.

- Estou vindo de sua casa, tio Coelho. Que pena o senhor ter ido fazer visita justamente hoje.

- Fazer visitas? Você não leu o aviso que coloquei na porta?

Juquinha ficou muito desapontado e não respondeu. Tio Coelho se lembrou de que ele não sabia ler e explicou:

- Pois o aviso dizia: volto já, sente-se e espere um pouco.

- Ah! Então é isso que os avisos dizem. Pois já sei, agora aprendi.

No dia seguinte Juquinha foi à casa do senhor João de Barro conversar um pouco. Seu João de Barro não estava. Mas, bem embaixo de sua casa, havia uma cadeira com um aviso.

- Agora, já sei ler avisos. Senhor João de Barro volta já, vou sentar e esperar um pouco. Que horror! Sujei-me todo de tinta, por que não me avisaram?

Um pássaro mensageiro que passava disse:

- Que é isto, Juquinha? Você não viu o aviso sobre a cadeira? Ah! Você não sabe ler, não é? Este papel na cadeira diz: tinta fresca.

- Como eu me enganei, mas agora eu não me engano mais. Já sei tudo sobre avisos.

Juquinha foi embora. Quando ele chegou em sua casa, viu a caixa do correio aberta. Dentro dela havia um papel.

- Já sei, não devo chegar perto da caixa, ela foi pintada de novo, aquele papel diz: tinta fresca. Vou passar bem longe.

No dia seguinte, Juquinha notou um movimento diferente. Parecia que estava acontecendo alguma coisa fora do comum. Havia muitos animaizinhos passando na rua. Eles não tinham ido à escola, carregavam doces, balas, bombons e salgados. Juquinha resolveu ir ver aonde eles iam e começou a acompanhá-los às escondidas. Os animais estavam parando no meio da floresta. Debaixo de uma árvore, colocavam os doces, salgados e bebidas.

- Um piquenique! E não me convidaram!

A coelhinha sua amiga viu Juquinha chorando e lhe perguntou:

- Por que você está chorando, Juquinha?

- Eu não fui convidado para o piquenique, ninguém se lembrou de mim.

- Lembraram sim, Juquinha. Eu vi o carteiro colocando o convite na caixa do correio de sua casa.

- Então aquilo era um convite? Pensei que fosse um aviso sobre tinta fresca.

- Ora Juquinha, que vergonha! Você precisa aprender a ler.

- Então eu fui convidado para o piquenique, que bom! Pensei que eles tinham se esquecido de mim, eu preciso aprender a ler, preciso aprender a ler. Amanhã mesmo eu vou começar. Serei o primeiro a chegar à escola.


(O coelhinho que não queria estudar)

Platéia (O coelhinho que não queria estudar)
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Um comentário:

  1. Muito bom ver essa criaçaada contando histórias com cenário, figurino e maquiagem. Verdadeiros artistas! Parabéns a todos, continuem assim.

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